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Turistas estrangeiros descobrem favelas de SP

Em 2009, 1,6 milhão de visitantes de fora do País passaram por aqui ? crescimento de 33% em relação a 2004. A maior parte visita pontos tradicionais, mas um contingente cada vez mais relevante se interessa em visitar cantões mais pobres e, como definiu a italiana Maria, "antropologicamente mais interessantes". Ela ainda é exemplo de outro perfil ávido por experiências do tipo: o do estrangeiro que mora na cidade, tem curiosidade em conhecer uma favela por dentro e quer fazê-lo de maneira segura.

Como o passeio é quase sempre feito por encomenda, o preço é alto ? um tour médio de três horas varia de R$ 80 a R$ 200 por pessoa. Por isso, os clientes mais comuns são gente abastada e low profile, como executivos de empresas estrangeiras que atuam no País, cônsules e artistas. Esse público dificilmente visitaria uma favela sozinho, por causa da preocupação com a segurança, mas as agências garantem que não há risco. "A primeira coisa que me perguntam é se é perigoso. Mas, se você entrar lá comigo, logo vai ver que não tem nada disso", diz a guia Flavia Liz Di Paolo, que organiza visitas a Paraisópolis e Heliópolis.

Arte. Foi Flávia quem guiou Maria e seu marido italiano na manhã de sexta-feira. O tempo chuvoso encurtou o passeio para cerca de duas horas: começou com uma volta por alguns quarteirões na entrada da favela e terminou com pão de queijo e café numa padaria no centro do bairro. Não faltou no roteiro uma visita ao ateliê do seu Berbela e à Casa de Pedra do seu Estevão, dois artistas que contribuíram para que Paraisópolis virasse marco obrigatório para os turistas de favela.

O primeiro é, na verdade, o mecânico Antônio Eduardo da Silva, que tem mais de 2 mil esculturas de insetos e animais e várias bicicletas decoradas com dezenas de acessórios inusitados. O segundo, o jardineiro Estevão Silva da Conceição, é o famoso "Gaudí Brasileiro". Sua casa ? em construção contínua há 25 anos ? é formada por milhares de pedrinhas e bugigangas tão diversas quanto escovas de dente, secretárias eletrônicas e azulejos portugueses, coladas em curvas sinuosas.

Ambos estão pouco a pouco se acostumando à condição de artistas e às visitas constantes. No entanto, não conseguem sobreviver só com a contribuição deixada pelos turistas. "O problema é que, tirando os estrangeiros, ainda vem pouca gente. Brasileiro mesmo não costumo receber, pois a maioria tem mania de pensar que favela é só violência, que só tem coisa ruim", diz Estevão.

Divulgação. Para divulgar o tour, Flávia aposta na propaganda boca a boca, mas também faz parcerias com hotéis e agências turísticas no exterior.

A agência Check Point ? que, além de Paraisópolis e Heliópolis, leva turistas para outras favelas e até para a cracolândia ? adota táticas parecidas. "Temos de mostrar não só o que São Paulo tem de bonito, mas o outro lado também. Quando levo alguém para uma favela ou para a cracolândia, faço questão de mostrar que temos um problema, mas que estamos melhorando e l0go mais não teremos aquilo. É algo que também faz parte da cidade", explica Luciano de Abreu, o diretor da agência.

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